quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Vulcanismo

O magma forma-se na astenosfera e quando a litosfera se parte, o magma ascende e acumula-se em reservatórios chamados bolsa ou câmara magmática. Ao subir, o magma vai fundindo as rochas que o rodeiam e pára de subir quando já não está quente o suficiente para derreter as rochas.

No vulcanismo do tipo central , a chaminé é tubular e a cratera é circular.
No vulcanismo do tipo fissural a cratera é um fissura e não há chaminé.



Um mesmo vulcão pode ter estruturas secundárias ou adventícias. Num vulcão sem estruturas secundárias, o magma vai desde a câmara magmática, à chaminé principal até à cratera. Nas estruturas secundárias, o magma passa da chaminé principal à chaminé secundária e à cratera secundária. 


Estruturas vulcânicas:


  • Caldeiras vulcânicas: são um estrutura pós-erupção. Após uma grande erupção e da projeção dos materiais vulcânicos, a chaminé fica vazia e dá-se o colapso da cratera, originando uma depressão de grandes dimensões, que pode encher de águas da chuva.
  • Agulha vulcânica ou domo: resulta da acumulação de lava muito viscosa que entope a cratera. São estruturas muito frágeis e rebentam quando o gás que está acumulado dentro da agulha sai. A isto chama-se uma nuvem vulcânica, que é um mistura de gases e magma. É extremamente perigosa. Uma agulha vulcânica é pontiaguda e o domo é arredondado. 
Agulha vulcânica

Caldeira vulcânica

Domo vulcânico



























Tipos de lava:
  • Lava ácida: causa erupções explosivas, tem grande teor de gás e de sílica. Percentagem de sílica é superior a 70%. Temperatura entre os 800ºC e os 1000ºC. Movimento muito lento. Viscosas e ricas em gases. São brancas. Por serem viscosas formam domos ou cúpulas, nuvens ardentes e agulhas vulcânicas. 
  • Lava básica: percentagem de sílica entre 45% e 50%. É uma lava fluída e pobre em gases, liberta-se com facilidade. Temperaturas muito altas, entre os 1100ºC e os 1200ºC. Exemplos desta lava são a lava pahoehoe, a lava AA e as pillow lavas. As lavas pahoehoe são as lavas típicas do Hawaii, são extremamente fluídas e formam piroclastos de grande dimensão. As lavas AA são ásperas e irregulares, formadas por fragmentos porosos. Também chamadas de escoriáceas. As lavas em almofada, pillow lavas ou incordoadas formam-se nas erupções marinhas subaquáticas. Após a solidificação, originam massas arrendondadas, semelhantes a almofadas, revestidas por uma película de vidro vulcânico. 
  • Lava intermédia: níveis de silícia entre os 50% e 70%. 
Quanto mais gás tem a lava, menores são os piroclastos.
Quanto menos gás tem a lava, maiores são os piroclastos.


Tipos de erupções:
  • Erupções efusivas: formadas por lavas básicas, muito fluídas, com pouco gás e formam longas escoadas de lava. Os piroclastos são de grande dimensão (lapilli e bombas vulcânicas). Formam cones vulcânicos baixos e largos. 
  • Erupções explosivas: formadas por lavas ácidas, viscosas e com muito gás. Formam piroclastos pequenos. 

Vulcanismo atenuado ou secundário
Existem 3 tipos de atividades deste tipo: 
  1. Fumarolas
  2. Geisers
  3. Nascentes termais
As águas superficiais infiltram-se e atingem as rochas aquecidas de uma câmara magmática ativa, a água passa a vapor e sobe. Alguns gases libertados pelo vulcanismo secundário podem provir dos gases libertados pelo magma, mas a maioria está relacionada com as águas superficiais. 

Vulcanismo interplacas
A distribuição dos vulcões na Terra coincidem, na sua grande maioria, nas zonas de contacto entre placas litosféricas. Este tipo de vulcanismo é formado através de Hot Spots. 
  • 80% - zona onde convergem as placas;
  • 15% - zona de divergência de placas;
  • 5% - interior das placas; 
Principais zonas: Anel de Fogo do Pacífico, Alinhamento Euroasiático, Grande Vale do Rifte do Leste Africano (vulcões do Quénia e Tanzânia) e Dorsais medio-oceânicas. 


Benefícios da atividade vulcânica:
  • Fertilidade dos solos vulcânicos;
  • Exploração de produtos vulcâmicos (minerais) para ornamentação e construção;
  • Utilização da termas para fins medicinais e exploração da área em turismo;
  • utilização do calor vinda do aparelho vulcânico como fonte de energia (geotermia);

Riscos: Previsão e Prevencão (Caso português):
  • O arquipélago dos Açores mantém o seu vulcanismo ativo, prova disso são as erupções, que sucedem numa média de 21,5 em 21,5 anos. 
  • Na Madeira, a última manifestação ocorreu à cerca de 6 mil anos. 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Métodos para o estudo do interior da Terra

Métodos diretos
  • Vulcanismo: Permite conhecer o interior da Terra até 200 quilómetros de profundidade; A ascensão da lava traz consigo pedaços da rocha da chaminé vulcânica, denominados de xenólitos ou brechas vulcânicas, que são rochas muito antigas; Esta lava contém também periodito, que se pensa ser a rocha mais antiga da formação da Terra; As rochas obtidas através deste processo contribuem muito para a construção da tabela do tempo geológico.
  • Tectónica: Podemos aceder aos materiais existentes no interior da Terra, a partir dos movimentos das placas, que causam deformações nas placas.
  • Afloramento: É a observação direta das rochas à superfície que por processos do ciclo petrológico ascenderam. 
  • Minas e Pedreiras de céu aberto: A exploração das minas e pedreiras fornece-nos dados até 4 quilómetros de profundidade.
  • Sondagens: Recurso dispendioso, que dá informações até aos 12 quilómetros de profundidade. 

Métodos indiretos
  • Astronomia: Através da Teoria Nebular, parte-se do princípio que todos os corpos do Sistema Solar são constituídos da mesma forma. Através dos meteoritos podemos estudar a composição da Terra. Através dos satélites conseguimos saber a forma da Terra, o perímetro, o volume, e outras informações importantes.
  • Geofísica 
    • Ondas sísmicas: existem quatro tipos de ondas sísmicas: ondas P, S, L (Lowe ou Love) e Rayleigh. As ondas P e S formam-se no interior e juntam-se à superfície, formando as ondas L e Rayleigh. As ondas P deslocam-se em todos os tipos de materiais e estados físicos. No entanto, desaceleram quando encontram materiais diferentes. As ondas S não atravessam materiais no estado líquido, quando encontram materiais neste estado, voltam para trás. Foi assim que se descobriu que o núcleo exterior da Terra está em estado líquido.
    • Gravimetria: A força gravítica é variável de local para local na superfície terrestre, devido às irregularidades desta. Através das anomalias gravimétricas, podemos saber os materiais mais ou menos densos no interior da crosta. 
    • Densidade: Este cálculo permite-nos aferir que as rochas no interior da Terra são mais densas do que as do exterior. A densidade está relacionada com a gravidade.
    • Geomagnetismo: A magnitude influencia a orientação dos minerais. O material é magnético e ao sair dos riftes, o magma solidifica de acordo com as polaridades. Atualmente, o campo magnético da Terra está próximo do Polo Norte, a que se chama polaridade normal.
    • Geotermia: Ao caminharmos para o interior da Terra, cada 33 metros a temperatura aumenta 1ºC. A isto chama-se o gradiente térmico, ou seja, é a variação da temperatura com a profundidade.