sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Os Fósseis

Processos de fossilização:

Processo geral de fossilização:

O peixe está vivo e vive no mar.





Quando o peixe morre, é imediatamente enterrado e posto ao abrigo dos agentes decompositores.




Durante muitos anos, vai haver trocas entre os agentes de decomposição e os materiais do peixe. Após algum tempo, as partes moles do ser vão desaparecer, deixando apenas as partes duras.


Muitos anos mais tarde, vai se dar uma deformação (dobra ou falha) na rocha. Nesta altura, os materiais duros do peixe já são iguais a rocha portanto não dá para os distinguir de rocha mesmo. 


Os restos do ser vêm à superfície e ele é encontrado para ser submetido a testes que determinem saber a sua idade e outras informações sobre o animal.



Mumificação: É o processo de fossilização que preserva o ser inteiro. Ocorre quando o ser vivo ficou aprisionado em âmbar ou gelo. É o mais raro de todos os processos, mas devido ao composição química do âmbar ou do gelo, o ser vivo é conservado inteiro (com partes moles e duras) o que nos dá informações preciosas sobre o animal ou planta. 

Moldagem: Processo mais vulgar que resulta do preenchimento interno das partes duras do ser vivo por sedimentos, ou da moldagem da parte externa das partes duras do ser vivo.

Marca ou Impressão:  Ocorre a conservação de vestígios dos seres vivos, como pegadas, marcas de folhas, etc; Fósseis de vegetais são raros porque os vegetais não têm parte dura.

Incrustação: Ocorre quando substâncias trazidas pelas águas que se infiltram no subsolo e se depositam em torno do animal ou planta, revestindo-o, como por exemplo acontece em animais que morreram no interior de cavernas. Os materiais mais comuns são calcite, pirite, limonite e sílica. 

Mineralização: Ocorre quando substâncias minerais são depositadas em cavidades existentes em ossos e troncos. É assim que se forma a madeira petrificada.

Recristalização: Ocorre quando se dá um rearranjo da estrutura cristalina de um mineral, dando-lhe mais estabilidade, como por exemplo a transformação de aragonite em calcite. 

Carbonização ou Incarbonização: ocorre quando há perda de substâncias voláteis restando uma película de carbono. É mais frequente nos restos de seres vivos contendo quitina, celulose ou queratina.

Os Fósseis

Os fósseis aparecem à superfície por:
  • dobras
  • falhas
  • desgaste natural / erosão

Paleontologia: Os Fósseis

A Paleontologia é a ciência que estuda os fósseis e os geólogos que os estudam são os paleontólogos. 

A fossilização é um conjunto de processos que leva à passagem de um ser orgânico para o estado fóssil,  isto é, a transformação da sua matéria viva num resto mineral.

Os fósseis são as únicas evidências de animais que existiram há milhões de anos. É considerado fóssil todo o resto ou vestígio de ser vivo (animal ou planta) preservado ao longo dos tempos geológicos como parte integrante das rochas sedimentares. Geralmente ficam preservados as estruturas mais resistentes do animal ou planta, as chamadas partes duras.

Ou seja, um fóssil é uma marca, um vestígio, um resto de ser vivo que ficou preservado na rocha da época em que viveu.

Importância dos fósseis: 
  • Nível económico: petróleo (rocha fóssil);
  • Nível cientifico: permite-nos saber mais sobre a evolução dos seres vivos. 

Paisagens formadas por dobras e falhas

A paisagem formada por falhas sucessivas toma o nome de Graben (parte deprimida) e Horst (parte elevada). 

Tectónica de Placas

A Tectónica de Placas estuda as sismos, dobras e falhas. Quando se diz "tectónica de placas", fala-se de placas da litosfera. 
Separação das placas: Rifte
Construção de vulcões/ cadeias montanhosas: Fossas

A Teoria da Tectónica de Placas divide a Litosfera em várias placas. O mecanismo que leva ao movimento das placas são as correntes de convexão do magma. O local por onde se dá o afastamento é o rifte e o local onde são destruídas é na fossa oceânica.

Principais placas:
  • Placa Africana
  • Placa da Antártida
  • Placa Australiana
  • Placa Euroasiática
  • Placa do Pacífico (rodeada pelo Circulo de Fogo do Pacífico) 
  • Placa Norte-Americana 
  • Placa Sul-Americana
Os limites das placas podem ser:

Divergentes: Zona do rifte, zona de construção da crosta. 
Convergentes: Zona de subducção, fossa oceânica, zona de destruição da crosta.
Conservativos: Por exemplo no rifte, perpendiculares a este existem inúmeras falhas perpendiculares ao vale (falhas transformantes) e onde não há nem construção nem destruição da crosta. Um outro exemplo é a falha de Santo André, nos EUA, local onde existe contacto com a placa do Pacífico e da Norte-Americana. 

Morfologia dos Fundos Oceânicos


1) Dorsais médio-oceânicas: Cordilheiras que dividem os oceanos a meio. Têm cerca de 2Km de altura e de extensão. 
2) Talude Continental: Zona muito abrupta. Limite da costa continental. Vai dos 150m aos 4Km de profundidade. 
3) Planície Abissal: Vasta planície que constitui cerca de 75% (ou dois terços) de toda a crosta oceânica. 
4) Plataforma Continental: Zona pouco inclinada com cerca de 2Km de extensão e 200m de profundidade. Faz parte da crosta continental e é onde vivem maior parte das espécies e seres vivos.
5) Rifte: Vulcanismo submarino activo, por onde a crosta oceânica é criada. Zona de construção. 
6) Fossa: Zona de separação ou destruição da crosta oceânica.

O mecanismo que leva à separação de continentes chama-se Correntes de Convexão.
Zona de construção: Rifte. 
Zona de destruição: Fossa oceânica.

Alfred Wegner: Teoria da Deriva Continental

Há 250 milhões de anos atrás, no período Permiano, a Pangea foi dividida em Laurasia e Gondwana.

Há 200 milhões de anos, no período Triássico, existiam os dois continentes Laurasia e Gondwana.

No período Jurássico, há 135 milhões de anos, o continente Sul-Americano e o Norte-Americano não estavam ainda ligados mas estavam a separar-se da actual Europa.

Depois seguiu-se o período Cretáceo, há 65 milhões de anos, em que os continentes já estavam posicionados como actualmente. 

Ao longo dos anos, os continentes vão se afastando cada vez mais e ainda se estão a afastar.

Alfred Wegner: Teoria da Deriva Continental

A Teoria de Alfred Wegner diz que há muitos milhões de anos atrás, os continentes já estiveram todos unidos formando um super continente chamado Pangea que era rodeado por um super oceano chamado Pantalassa.

Dados que apoiaram a teoria:
As principais linhas de evidência que apoiaram a ideia que os continentes estiveram uma vez unidos, e posteriormente moveram-se separadamente, estão baseados no estudo de fósseis, no estudo de rochas, na justaposição dos contornos geométricos dos continentes e no estudo dos climas.

  • Argumentos Morfológicos: Os contornos do continente Africano e Sul-Americano encaixam na perfeição.
  • Argumentos Geológicos: As rochas no local de encaixe destes dois continentes têm a mesma idade e são a mesma rocha.
  • Argumentos Paleontológicos: Fósseis iguais de plantas (feto Glossopteris) e de animais (Cynognathus, Lystosaurus, Mesosaurus) encontraram-se em todos os continentes.
  • Argumentos Paleoclimáticos: Depósitos glaciares podem ser encontrados em regiões com climas tropicais e subtropicais.

Falhas e Dobras

Dobras - As dobras são deformações nas rochas, originadas por forças compressivas lentas. As dobras só se formam em materiais quentes e não se formam à superfície.
As falhas podem ser anticlinais, sinclinais, anticlinais deitadas ou sinclinais deitadas. 
1- Charneira     2-Flanco Esquerdo    3-Flanco Direito


1- Charneira   2-Flanco Direito   3-Flanco Esquerdo

Charneira: Linha que separa os dois flancos.
Flancos: Planos inclinados da dobra

Falhas e Dobras

Falha - Uma falha é uma fractura na rocha, com movimento. É originada por forças compressivas e distensivas rápidas. Formam-se em temperaturas quentes e frias.
As falhas podem ser normais, inversas ou de desligamento vertical ou de desligamento horizontal.