sexta-feira, 28 de março de 2014

Sismologia

Um sismo é a libertação de energia vinda do interior da Terra. Esta energia propaga-se através de ondas sísmicas que originam vibrações na atmosfera. Os sismos de origem tectónica são provenientes de falhas. As falhas são fraturas na rocha com movimento, enquanto que diáclases são fraturas na rocha sem movimento. Existem sismos tectónicos (choque de placas, falhas), sismos artificiais (causados pelo Homem) e sismos vulcânicos (na formação de um vulcão).

Teoria do Ressalto Elástico:
Esta teoria foi proposta por Henry Reid em 1911, e diz que quando um material rochoso fica sujeito a um nível de tensão que ultrapassa o seu limite elástico, dá-se a deformação desse material. As rochas são elásticas e plásticas:
  • Elasticidade: esticam e voltam à posição normal;
  • Plasticidade: são maleáveis.
As rochas mais resistentes são as rochas magmáticas plutónicas. Se a deformação da rocha for lenta, forma-se uma dobra (sujeita a pressões muito lentas, a profundidade), se o movimento for rápido, forma-se uma falha e a rocha parte.
Esta teoria explica a formação de um sismo. Os movimentos tectónicos geram tensões junto às rochas que envolvem e a falha e estas deformam-se e acumula-se energia potencial. Quando a tensão que atua no plano de falha vence o atrito entre os dois blocos de rocha divididos pela falha, estas deslocam-se e libertam energia sob a forma de calor e ondas sísmicas, originando o sismo.

Tipos de tensão:
  • Tensões de compressão;
  • Tensões de distenção;
  • Tensões de cisalhamento;

O Hipocentro ou Foco sísmico é o local no interior onde o sistema tem origem. O Epicentro é o local à superficie onde o sismo é sentido com mais violência. 
Relativamente à profundidade os sismos podem ser: superficiais (70 km); intermédios (71 - 300 km); profundos ( mais de 300 km de profundidade).
Um Terramoto é um sismo cujo epicentro está na crosta continental;
Um Maremoto é um sismo cujo epicentro está na crosta continental;
Um Tsunami é uma onda gerada por um maremoto;

Ondas Sísmicas:

As ondas de origem, que se formam no hipocentro e se propagam no interior da Terra são as ondas P (primárias) e as ondas S (secundárias), sendo ambas chamadas de ondas de volume.
As ondas que se formam à superfície, pela junção de ondas P e S, são as ondas L (Lowe ou Love) e Rayleigh, sendo ambas chamadas de ondas superficiais.

Quanto às ondas de volume:
  • As ondas P propagam-se na mesma direção de propagação da onda. São as ondas que se deslocam em maiores velocidades, sendo as primeiras a chegar à superfície. Atravessam todo o tipo de materiais, no entanto, a sua velocidade modifica consoante o material que está a atravessar. Estas ondas deslocam-se em movimentos de contração e dilatação. 
  • As ondas S (Transversais ou Secundárias) propagam-se na perpendicular à propagação do sismo. Não se deslocam em materiais líquidos e têm menor velocidade de propagação, chegando depois das ondas P. 
Quanto às ondas superfíciais: 

São a união das ondas P e S, só se deslocam e formam à superfície.
  • As ondas L deslocam-se na perpendicular à direção de propagacão e paralela à superfície. 
  • As ondas Rayleigh deslocam-se de forma elíptica, no sentido contrário aos ponteiros do relógio. São ondas muito raras e destrutivas. 

Os sismógrafos são os aparelhos que registam os sismos, sendo o registo chamado de sismograma. Um sismo tem 3 fases: fase premonitória, sismo principal e réplicas.
A fase premonitória diz respeito à chegada das primeiras ondas P. O sismo principal diz respeito à chegada das ondas S e á consequente junção destas com as P, formando ondas L e/ou Rayleigh. As réplicas dizem respeito ao reajuste dos materiais fraturados no interior da Terra. Diz também respeito à saída das últimas ondas S. É a fase mais destrutiva.

A Magnitude é a quantidade de energia libertada por um sismo. É medida através da Escala de Richter ( 0 a 9).
A Intensidade é o grau de destruição causada por um sismo. É medida pela Escala de Mercalli, em numeração romana ( I a XII ). 

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