Teoria do Ressalto Elástico:
Esta teoria foi proposta por Henry Reid em 1911, e diz que quando um material rochoso fica sujeito a um nível de tensão que ultrapassa o seu limite elástico, dá-se a deformação desse material. As rochas são elásticas e plásticas:
- Elasticidade: esticam e voltam à posição normal;
- Plasticidade: são maleáveis.
Esta teoria explica a formação de um sismo. Os movimentos tectónicos geram tensões junto às rochas que envolvem e a falha e estas deformam-se e acumula-se energia potencial. Quando a tensão que atua no plano de falha vence o atrito entre os dois blocos de rocha divididos pela falha, estas deslocam-se e libertam energia sob a forma de calor e ondas sísmicas, originando o sismo.
Tipos de tensão:
- Tensões de compressão;
- Tensões de distenção;
- Tensões de cisalhamento;
O Hipocentro ou Foco sísmico é o local no interior onde o sistema tem origem. O Epicentro é o local à superficie onde o sismo é sentido com mais violência.
Relativamente à profundidade os sismos podem ser: superficiais (70 km); intermédios (71 - 300 km); profundos ( mais de 300 km de profundidade).
Um Terramoto é um sismo cujo epicentro está na crosta continental;
Um Maremoto é um sismo cujo epicentro está na crosta continental;
Um Tsunami é uma onda gerada por um maremoto;
Ondas Sísmicas:
As ondas de origem, que se formam no hipocentro e se propagam no interior da Terra são as ondas P (primárias) e as ondas S (secundárias), sendo ambas chamadas de ondas de volume.
As ondas que se formam à superfície, pela junção de ondas P e S, são as ondas L (Lowe ou Love) e Rayleigh, sendo ambas chamadas de ondas superficiais.
Quanto às ondas de volume:
- As ondas P propagam-se na mesma direção de propagação da onda. São as ondas que se deslocam em maiores velocidades, sendo as primeiras a chegar à superfície. Atravessam todo o tipo de materiais, no entanto, a sua velocidade modifica consoante o material que está a atravessar. Estas ondas deslocam-se em movimentos de contração e dilatação.
- As ondas S (Transversais ou Secundárias) propagam-se na perpendicular à propagação do sismo. Não se deslocam em materiais líquidos e têm menor velocidade de propagação, chegando depois das ondas P.
São a união das ondas P e S, só se deslocam e formam à superfície.
- As ondas L deslocam-se na perpendicular à direção de propagacão e paralela à superfície.
- As ondas Rayleigh deslocam-se de forma elíptica, no sentido contrário aos ponteiros do relógio. São ondas muito raras e destrutivas.
Os sismógrafos são os aparelhos que registam os sismos, sendo o registo chamado de sismograma. Um sismo tem 3 fases: fase premonitória, sismo principal e réplicas.
A fase premonitória diz respeito à chegada das primeiras ondas P. O sismo principal diz respeito à chegada das ondas S e á consequente junção destas com as P, formando ondas L e/ou Rayleigh. As réplicas dizem respeito ao reajuste dos materiais fraturados no interior da Terra. Diz também respeito à saída das últimas ondas S. É a fase mais destrutiva.
A Magnitude é a quantidade de energia libertada por um sismo. É medida através da Escala de Richter ( 0 a 9).
A Intensidade é o grau de destruição causada por um sismo. É medida pela Escala de Mercalli, em numeração romana ( I a XII ).
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