O texto integral encontra-se em: http://g1.globo.com/platb/espiral/2008/08/29/a-primeira-descoberta-do-dna/
A 26 de Fevereiro de 1896, Friedrich Miescher descobriu uma substância que estava presente no núcleo de todas as
células, e que possuía uma característica química diferente das
proteínas ou outro componente celular conhecido. Anos depois, o conceito de vida foi completamente revolucionado pela descoberta deste jovem médico, que na altura, mal sabia da importância da sua descoberta.
Miescher nasceu em 1844, numa família de cientistas, o deste cedo que se rodeou de conceitos cientificos. Quando começou a trabalhar, Friedrich estava sob a supervisão de Felix Hoppe-Seyler, um famoso químico, cujo laboratório era utilizado por ambos para investigações no campo da bioquímica. O seu objeto de estudo era o pus, pois continha grandes quantidades de leucócitos, e era de fácil acesso a Friedrich, pois ele era médico.
Após muita investigação, Friedrich descobriu algo a que chamou "nucleína": uma substância com propriedades únicas: conseguiu precipitá-la com
ácidos e, ao ser dissolvida novamente, tornava a solução alcalina. Esta substância estava totalmente localizada no núcleo celular.
Miescher decidiu então aprofundar os seus estudos na purificação da nucleína e demonstrou que a substância não era de origem protéica. A
caracterização química da nucleína revelou que ela continha carbono,
hidrogénio, oxigénio, nitrogénio e grandes quantidades de
fosfato.
Friedrich decidiu então começar a estudar a nucleína nas células germinativas (óvulos e espermatozóides) uma vez que ele tinha grande interesse na hereditariedade. Num de seus artigos, Friedrich escreveu que a nucleína poderia ser um
dos responsáveis pelo processo de fertilização, mas não acreditava que
seria capaz de transmitir características hereditárias. Como a maioria
naquela época, Friedrich estava convencido que as proteínas eram
responsáveis pela hereditariedade.
Apesar das suas pesquisas serem muito importantes e revolucionárias para o mundo da genética e o avanço do conhecimento acerca do DNA, Friedrich morreu com apenas 51 anos, após contraír tuberculose devido à falta de dormir e ao isolmento social a que se propunha ao ficar grandes períodos de tempo fechado no laboratório.
Após a sua morte, o seu tio publicou uma compilação com os seus trabalhos, afirmando que as descobertas de Miescher seriam bases para avanços científicos no futuro.
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