Diferenciação magmática
À medida que o magma vai arrefecendo dentro da câmara magmática há a cristalização de minerais que deixam de fazer parte do magma inicial, passando a haver frações magmáticas com composição diferente do magma inicial. A partir deste processo - diferenciação magmática - é possível que se formem rochas muito diferentes a partir de um só magma inicial.
A cristaçização fracionada, expressa pela Série de Bowen, permite a formação sequencial de diferentes minerais. Primeiro formam-se os minerais com o ponto de fusão mais elevado, e seguidamente cristalizam os outros, numa sequência decrescente de pontos de fusão. A Série de Bowen está dividida em duas sequências:
- Série descontínua: minerais ferromagnesianos, cuja estrutura cristalina difere ao longo da seqência de cristalização. A olivina é o primeiro mineral a cristalizar, e o último é a biotite.
- Série contínua: minerais do grupo das plagiocláses que mantêm a mesma estrutura cristalina ao longo da sequência de cristalização. Nesta série, o balanço entre o cálcio e o sódio vai-se alterando ao longo da sequência, formando-se primeiro as palgioclases cálcicas.
As rochas plutónicas resultam de um arrefecimento lento do magma em profundidade, e por essa razão apresentam estrutura granular e minerais bem desenvolvidos. Por outro lado, as rochas vulcânicas estão associadas a um arrefecimento rápido do magma, o que leva ao pouco desenvolvimento dos minerais constituintes e a uma estrutura agranular.
Quanto à cor, as rochas podem ser:
- Leucocratas: predominam os minerais claros, como feldspato e quartzo (granito e riólito);
- Mesocratas: aproximadamente igual quantidade de minerais claros e escuros (andesito e diorito);
- Melanocratas: predominancia dos minerais escuros, como a olivina, piroxena e biotite (basalto e gabro).
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