O ano está a chegar ao fim e, olhando para trás, é possível tirar várias conclusões em relação ao ano que passou. Concluo que é um ano extremamente trabalhoso, em que tem de haver muita dedicação e muito esforço por parte dos alunos. Pessoalmente, dediquei-me imenso e trabalhei muito para atingir resultados bons. Apesar de considerar que me esforcei bastante, penso que sou capaz de melhor e poderia ter atingido resultados mais altos.
Inicia-se agora uma etapa extremamente trabalhosa de preparação para os exames nacionais. Apesar de ser uma etapa difícil, penso que tudo se consegue com muito trabalho e dedicação.
Em conclusão, penso que o ano foi difícil mas o esforço compensou, sendo que os resultados foram satisfatórios.
quarta-feira, 3 de junho de 2015
Relatório da atividade laboratorial "Permeabilidade dos solos"
Esta atividade experimental foi realizada no âmbito da disciplina de Geologia de 11º ano, com os seguintes objetivos:
- Testar a permeabilidade dos solos;
- Observar o comportamento dos diferentes tipos de solo quando confrontados com água;
- Observar as diferentes características dos solos;
Material
- Garrafas de plástico transparentes cortadas ao meio (3);
- 3 tipos diferentes de solos (utilizámos areia da praia, terra e seixos);
- 3 copos de plástico;
- Água;
- Tesoura ou x-acto;
- Caneta permanente;
- Fita-cola;
Procedimento
- Cortar as garrafas a meio com cuidado;
- Colar as metades das garrafas com fita-cola;
- Colocar os tipos de terra dentro das metades das garrafas (um tipo em cada metade);
- Prender os copos ao gargalo das garrafas;
- Verter um copo de água para dentro de cada garrafa;
- Observar e tirar conclusões;
A montagem experimental é semelhante à seguinte:
Observações
- Na areia, a água infiltrou-se e demorou algum tempo a escorrer para o copo, levando consigo pequenos fragmentos de areia;
- Na terra, a água escorreu mais rapidamente para o copo e estava muito contaminada com fragmentos do solo;
- Nos seixos, a água escorreu muito rapidamente para o copo e apresentou-se praticamente limpa;
Conclusões
Após efetuar esta atividade experimental, é possível concluir que a terra é muito permeável e os seixos são impermeáveis. A areia situa-se num passo intermédio, sendo fácilmente permeável quando saturada. Isto deve-se ao facto de tanto a areia como a terra possuirem uma grande porosidade. Por outro lado, os seixos apresentam pouca porosidade e a água é incapaz de se infiltrar dentro deles, sendo assim possível atribuír a caracteristica de impermeáveis aos seixos.
domingo, 31 de maio de 2015
Reflexão: final de Unidade 3
Considero esta unidade fácil de compreender e interessante uma vez que retrata várias situações atuais do nosso planeta.
Segue-se agora uma etapa complicada de preparação para exame nacional, em que vamos fazer tudo o que podemos para ter as melhores notas possíveis. Boa sorte a todos!
Segue-se agora uma etapa complicada de preparação para exame nacional, em que vamos fazer tudo o que podemos para ter as melhores notas possíveis. Boa sorte a todos!
Unidade 3 - Exploração sustentada de recursos geológicos
Os recursos geológicos são materiais terrestres ou formas de energia associadas que têm importância para a vida humana. Os recursos passam a ser chamados de reservas quando são passíveis de exploração e são economicamente viáveis. Se a exploração de um recurso for feita a um ritmo superior à sua capacidade de regeneração da Terra, esse recurso é considerado não renovável. Por outro lado, os recursos renováveis são aqueles que podem ser gerados a um ritmo semelhante ao da sua exploração.
Os recursos energéticos como o carvão, o petróleo e a energia nuclear são não renováveis, e a energia geotérmica é considerada recurso renovável. O carvão e o petróleo estão associados a problemas de poluição, contribuindo para o efeito de estufa e para o aquecimento global. A energia nuclear é perigosa devido à natureza radioativa dos materiais utilizados.
Os recursos minerais são armazenados em jazigos minerais, zonas de alta concentração de certo mineral. O materual rochoso com interesse económico designa-se de minério, e o material sem qualquer interesse desgina-se de ganga. A ganga é frequentemente armazenada ao ar livre, em ecombreiras, e libertam gases altamente tóxicos, contribuindo assim para a poluição.
Os recursos hidrogeológicos (águas subterrâneas) são essenciais para a atividade humana. As águas subterrâneas são armazenadas em formações rochosas que permitem a circulação da água e a exploração rentável da mesma, denominados de aquíferos. Para permitir a circulação e armazenamento da água os aquíferos apresentam permeabilidade e porosidade.
A apresentação à turma acerca de recursos hidrogeológicos feita por mim e pela minha colega Sílvia Almeida, encontra-se no seguinte link: http://prezi.com/lu_-40zldcsh/?utm_campaign=share&utm_medium=copy&rc=ex0share
Encontra-se em baixo a apresentação explicativa que fizemos para apresentar também à turma:
Os recursos energéticos como o carvão, o petróleo e a energia nuclear são não renováveis, e a energia geotérmica é considerada recurso renovável. O carvão e o petróleo estão associados a problemas de poluição, contribuindo para o efeito de estufa e para o aquecimento global. A energia nuclear é perigosa devido à natureza radioativa dos materiais utilizados.
Os recursos minerais são armazenados em jazigos minerais, zonas de alta concentração de certo mineral. O materual rochoso com interesse económico designa-se de minério, e o material sem qualquer interesse desgina-se de ganga. A ganga é frequentemente armazenada ao ar livre, em ecombreiras, e libertam gases altamente tóxicos, contribuindo assim para a poluição.
Os recursos hidrogeológicos (águas subterrâneas) são essenciais para a atividade humana. As águas subterrâneas são armazenadas em formações rochosas que permitem a circulação da água e a exploração rentável da mesma, denominados de aquíferos. Para permitir a circulação e armazenamento da água os aquíferos apresentam permeabilidade e porosidade.
A apresentação à turma acerca de recursos hidrogeológicos feita por mim e pela minha colega Sílvia Almeida, encontra-se no seguinte link: http://prezi.com/lu_-40zldcsh/?utm_campaign=share&utm_medium=copy&rc=ex0share
Encontra-se em baixo a apresentação explicativa que fizemos para apresentar também à turma:
Observação de rochas
No passado dia 29 de abril tivemos a oportunidade de observar exemplos dos 3 tipos de rochas, trazidas pela nossa professora.
Relfexão: final de unidade 2
Após terminar a unidade 2, é possível concluír que a matéria é acessível e interessante, sendo que foram introduzidos alguns conceitos novos em relação à matéria dada nos anos anteriores.
Gostei desta unidade e penso que a próxima também será interessante e fácil.
Gostei desta unidade e penso que a próxima também será interessante e fácil.
2.4) Metamorfismo
Fatores de metamorfismo
A presença de novos minerais (minerais de neoformação) permite inferir as condições de pressão e temperatura em que decorreram os processos de metamorfismo. Denominam-se minerais índice aos minerais que permitem caracterizar as condições de pressão e temperatura em que decorreram as transformações.
- Pressão/tensão:as rochas estão sujeitas a pressão causada pelas camadas de rochas suprajacentes, isto é, superiores. A uma pressão que atua em todos os sentidos dá-se o nome de tensão litostática, e provoca a diminuição do volume das rochas e um aumento da sua densidade. A uma pressão que atua apenas num sentido, dá-se o nome de tensão não-litóstatica, e como consequência desta tensão os minerais da rocha passam a ter foliação, ou seja, sofreram um rearranjo.
- Temperatura: pode haver a formação de novos minerais a partir de outros existentes, processo denominado de recristalização, se os minerais entrarem em fusão e a sua rede cristalina passar a ter uma nova disposição. Se o ponto de fusão for ultrapassado, há uma transição de metamorfismo para magmatismo.
- Fluídos de circulação: os fluídos podem reagir com os minerais que formam a rocha e dar origem a minerais de composição diferente, o que provoca alterações importantes na composição química e mineralógica da rocha inicial.
- Metamorfismo de contacto: ocorre junto de formações magmáticas que se introduziram nas rochas pré-existentes. O calor proveniente do corpo igneo causa o cozimento das rochas vizinhas, formando uma auréola de metamorfismo. A alteração das rochas encaixantes resulta em rochas corneanas, como mármores e quartzitos. Como este metamorfismo está associado a baixos níveis de pressão, as rochas formadas não são foliadas.
- Metamorfismo regional: ocorre em limites convergentes e zonas de subducção, formando a maior parte das rochas metamórficas que formam a crosta terrestre. As rochas formadas por este tipo de metamorfismo apresentam uma foliação evidente, uma vez que há muita pressão não-litostática. O xisto e o gnaisse são exemplos destas rochas.
A presença de novos minerais (minerais de neoformação) permite inferir as condições de pressão e temperatura em que decorreram os processos de metamorfismo. Denominam-se minerais índice aos minerais que permitem caracterizar as condições de pressão e temperatura em que decorreram as transformações.
2.3) Falhas e dobras
As rochas da litosfera estão sujeitas a pressões constantes, que resultam dos movimentos tectónicos. As rochas apresentam determinados limites plásticos e elásticos, e quando esses limites são ultrapassados, formam-se formas e dobras. Dependendo das características das rochas, estas podem apresentar dois tipos diferentes de comportamentos:
São fraturas na crosta terrestre que ocorreram devido a tensões e a movimentos de blocos rochosos. Existem 3 tipos de falhas, e as falhas têm vários elementos, como se pode verificar nas figuras seguintes:
Dobras
Correspondem a alterações da forma e da dimensão dos blocos rochosos, que têm um comportamento dúctil face às tensões que sofrem. Tal como as falhas, existem vários tipos de dobras e as suas características também podem ser evidenciadas:
- Comportamento frágil: se estiverem mais próximas da superfície e a temperaturas mais baixas do que o ponto de fusão dos materiais constituintes. Os materiais são muito rígidos, e por essa razão há a fraturação dos blocos rochosos, originando falhas.
- Comportamento dúctil: maiores profundidades e sujeitas a altas temperaturas. Formam-se dobras.
São fraturas na crosta terrestre que ocorreram devido a tensões e a movimentos de blocos rochosos. Existem 3 tipos de falhas, e as falhas têm vários elementos, como se pode verificar nas figuras seguintes:
Dobras
Correspondem a alterações da forma e da dimensão dos blocos rochosos, que têm um comportamento dúctil face às tensões que sofrem. Tal como as falhas, existem vários tipos de dobras e as suas características também podem ser evidenciadas:
Magmatismo
As rochas magmáticas ou igneas resultam da cristalização ou solidificação do magma, que é uma mistura viscosa constituida essencialmente por sílica.
Diferenciação magmática
À medida que o magma vai arrefecendo dentro da câmara magmática há a cristalização de minerais que deixam de fazer parte do magma inicial, passando a haver frações magmáticas com composição diferente do magma inicial. A partir deste processo - diferenciação magmática - é possível que se formem rochas muito diferentes a partir de um só magma inicial.
A cristaçização fracionada, expressa pela Série de Bowen, permite a formação sequencial de diferentes minerais. Primeiro formam-se os minerais com o ponto de fusão mais elevado, e seguidamente cristalizam os outros, numa sequência decrescente de pontos de fusão. A Série de Bowen está dividida em duas sequências:
As rochas plutónicas resultam de um arrefecimento lento do magma em profundidade, e por essa razão apresentam estrutura granular e minerais bem desenvolvidos. Por outro lado, as rochas vulcânicas estão associadas a um arrefecimento rápido do magma, o que leva ao pouco desenvolvimento dos minerais constituintes e a uma estrutura agranular.
Quanto à cor, as rochas podem ser:
Diferenciação magmática
À medida que o magma vai arrefecendo dentro da câmara magmática há a cristalização de minerais que deixam de fazer parte do magma inicial, passando a haver frações magmáticas com composição diferente do magma inicial. A partir deste processo - diferenciação magmática - é possível que se formem rochas muito diferentes a partir de um só magma inicial.
A cristaçização fracionada, expressa pela Série de Bowen, permite a formação sequencial de diferentes minerais. Primeiro formam-se os minerais com o ponto de fusão mais elevado, e seguidamente cristalizam os outros, numa sequência decrescente de pontos de fusão. A Série de Bowen está dividida em duas sequências:
- Série descontínua: minerais ferromagnesianos, cuja estrutura cristalina difere ao longo da seqência de cristalização. A olivina é o primeiro mineral a cristalizar, e o último é a biotite.
- Série contínua: minerais do grupo das plagiocláses que mantêm a mesma estrutura cristalina ao longo da sequência de cristalização. Nesta série, o balanço entre o cálcio e o sódio vai-se alterando ao longo da sequência, formando-se primeiro as palgioclases cálcicas.
As rochas plutónicas resultam de um arrefecimento lento do magma em profundidade, e por essa razão apresentam estrutura granular e minerais bem desenvolvidos. Por outro lado, as rochas vulcânicas estão associadas a um arrefecimento rápido do magma, o que leva ao pouco desenvolvimento dos minerais constituintes e a uma estrutura agranular.
Quanto à cor, as rochas podem ser:
- Leucocratas: predominam os minerais claros, como feldspato e quartzo (granito e riólito);
- Mesocratas: aproximadamente igual quantidade de minerais claros e escuros (andesito e diorito);
- Melanocratas: predominancia dos minerais escuros, como a olivina, piroxena e biotite (basalto e gabro).
Rochas sedimentares - arquivos históricos da Terra
Fósseis
São restos de seres vivos (somatofósseis) ou simples vestígios da sua atividade (icnofósseis). Existem vários processos de fossilização, isto é, processos que conduzem à conservação dos vestígios dos seres vivos em rochas sedimentares.
Datação relativa
Através destes métodos, é possível reconstruir a sequencia cronológica que levou à formação de certos estratos. Os principios da estratigrafia são os seguintes:
Os paleoambientes são os ambientes em que as rochas sedimentares foram formadas. Existem diferentes tipos de ambientes, que alteram a composição, estrutura, características principais da rocha. Dá-se particular importância aos fósseis de fácies nesta reconstituição, uma vez que estes são os fosseis que dão informações preciosas acerca do ambiente aquando da sua formação, e o ambiente de formação dos fósseis corresponde ao das rochas que contém esses fósseis. Os melhores fósseis de ambientes caracterizam-se por pertencerem a seres que ocuparam ambientes muito específicos e que sofreram poucas alterações evolutivas.
A partir da datação relativa de sequências estratigraficas de diferentes locais no planeta, e da datação radiométrica foi possível organizar por ordem cronológica os acontecimentos geológicos da Terra, numa escala do tempo geológico.
São restos de seres vivos (somatofósseis) ou simples vestígios da sua atividade (icnofósseis). Existem vários processos de fossilização, isto é, processos que conduzem à conservação dos vestígios dos seres vivos em rochas sedimentares.
- Mumificação: organismos conservados inteiros, quando envolvidos por um meio isolante que não permite o contacto com o oxigénio (ambar, resina, gelo...)
- Moldagem: impressão de um molde nos sedimentos que envolvem o ser.
- Mineralização: as partes duras podem ser preenchidas por minerais transportados em solução aquosa que substituem a matéria organica, sem alterar a forma e composição do orgão.
- Marcas fósseis: pegadas, ninhos, fezes, marcas de reptação, entre outros.
Datação relativa
Através destes métodos, é possível reconstruir a sequencia cronológica que levou à formação de certos estratos. Os principios da estratigrafia são os seguintes:
- Princípio da sobreposição: numa sequencia de estratos que não sofreu nenhuma alteração, a última camada (a que está a maior profundidade) é a mais antiga, e a camada que se encontra mais à superfície é a mais recente.
- Princípio da continuidade lateral: se as sequências de deposição de duas colunas laterais separadas forem semelhantes, é possível estabelecer uma relação entre elas e concluir que estavam juntas anteriormente.
- Princípio da identidade paleontológica: estratos pertencentes a colunas estratigráficas diferentes e que possuam conjuntos de fósseis semelhantes têm a mesma idade relativa. Esta datação é feita através de fósseis de idade, uma vez que estes viveram durante um curto intervalo de tempo geológico e tiveram grande expansão geográfica.
- Principio da interseção: qualquer estrutura que intersete vários estratos formou-se depois deles e é mais recente.
- Princípio da inclusão: os fragmentos de rocha incorporados num dado estrato são mais antigos do que ele.
Os paleoambientes são os ambientes em que as rochas sedimentares foram formadas. Existem diferentes tipos de ambientes, que alteram a composição, estrutura, características principais da rocha. Dá-se particular importância aos fósseis de fácies nesta reconstituição, uma vez que estes são os fosseis que dão informações preciosas acerca do ambiente aquando da sua formação, e o ambiente de formação dos fósseis corresponde ao das rochas que contém esses fósseis. Os melhores fósseis de ambientes caracterizam-se por pertencerem a seres que ocuparam ambientes muito específicos e que sofreram poucas alterações evolutivas.
A partir da datação relativa de sequências estratigraficas de diferentes locais no planeta, e da datação radiométrica foi possível organizar por ordem cronológica os acontecimentos geológicos da Terra, numa escala do tempo geológico.
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Combustíveis fósseis
As bacias sedimentares pouco profundas situadas em zonas pantanosas, no interior dos continentes, reúnem as condições necessárias à formação de combustíveis fósseis. Os restos vegetais vão perdendo azoto, oxigénio e hidrogénio, e vão ganhando carbono, sendo que este processo de incarbonização.
Por outro lado, os petróleos derivam de sedimentos orgânicos contidos na rocha-mãe. As moléculas de hidrocarbonetos que se formam vão-se tornando mais densas e volumosas, criando um aumento de pressão brusco que faz com o petróleo abandone a rocha-mãe pelos espaços vazios, e vá em direção à superfície. Designam-se de rochas de cobertura as rochas impermeáveis que impedem que o petróleo avance e fazem com que ele fique retido em fraturas e poros. A retenção de petróleo origina jazigos e armadilhas petrolíferas.
Por outro lado, os petróleos derivam de sedimentos orgânicos contidos na rocha-mãe. As moléculas de hidrocarbonetos que se formam vão-se tornando mais densas e volumosas, criando um aumento de pressão brusco que faz com o petróleo abandone a rocha-mãe pelos espaços vazios, e vá em direção à superfície. Designam-se de rochas de cobertura as rochas impermeáveis que impedem que o petróleo avance e fazem com que ele fique retido em fraturas e poros. A retenção de petróleo origina jazigos e armadilhas petrolíferas.
Tipos de rochas sedimentares
- Rochas sedimentares detríticas não-consolidadas: detritos que passaram pela sedimentogénese, mas não pela diagénese. Distinguem-se pela sua granulometria, sendo a ordem decrescente do tamanho dos grãos a seguinte: balastros, areias, siltes e argilas.
- Rochas sedimentares detríticas consolidadas: resultantes da consolidação das rochas detríticas não consolidadas. Variam conforme o tamanho dos sedimentos que as constituem: conglomerados ou brechas (com sedimentos rolados ou angulosos, respetivamente), arenitos, siltitos e argilitos.
- Rochas sedimentares biogénicas: contém fragmentos de seres vivos.
- Rochas quimiogénicas evaporíticas: resultam da evaporação da água que continha os sais dissolvidos. Rochas muito vulgares formadas pela evaporação são o gesso e o sal-gema.
- Rochas quimiogénicas calcárias: formam-se a partir da precipitação de soluções aquosas sobressaturadas. Exemplos frequentes: travertino e tufos calcários. As rochas calcárias existem em abundância nos mares, uma vez que os seres marinhos fazem a fixação do carbonato de cálcio para formarem conchas. Após a morte dos seres marinhos, há uma acumulação das suas conchas que se designa de calcário conquífero.
Rochas sedimentares
Para a formação de rochas sedimentares existem várias etapas a ter em conta, sendo a primeira a meteorização. Ao interagirem com os elementos da atmosfera, biosfera e hidrosfera, as rochas sofrem meteorização, sendo que esta designa transformações físicas e químicas da rocha-mãe, fazendo com que esta solte fragmentos. Existem dois tipos de meteorização:
- Meteorização química: ocorre a hidrólise, a dissolução e/ou a oxidação dos materiais.
- Meteorização física ou mecânica: ocorrem variações de pressão e temperatura que alteram a rocha.
A água também é um agente de meteorização física, uma vez que tem vários comportamentos perante variações de pressão e temperatura que alteram as rochas. Estas alterações designam-se de termoclastia (fraturação dos minerais devido a bruscas mudanças de temperatura), crioclastia (congelamento de águas armazenadas em fraturas ou poros que causa o aumento de volume da rocha), haloclastia (desenvolvimento de cristais dentro de fraturas ou fissuras), descompressão (expansão da rocha à superfície por alívio de pressão) e ações biológicas (por exemplo, raízes de árvores).
Da meteroziação das rochas resultam minerais de neoformação e minerais residuais, que estarão presentes nas rochas sedimentares.
Após a meteorização, ocorre a erosão e o transporte, em que os detritos são transportados até se imbilizarem em zonas baixas, como fundos marinhas ou foz dos rios. Dá-se então por finalizada a sedimentogénse (meteorização + erosão + transporte) e inicia-se a diagénese, em que ocorrerão a desidratação, a compactação e a cimentação.
Ao se depositarem numa bacia de sedimentação, os detritos serão pressionados por camadas de detritos que se depositarão posteriormente. Ao sofrerem pressão litostática, as camadas inferiores serão desidratadas pois a água que se encontrava entre os sedimentos ascende como resultado da pressão. A mesma pressão causa a compactação dos sedimentos. Há uma precipitação dos sais dissolvidos para a água e forma-se um cimento natural, que irá cimentar os fragmentos, formando assim uma rocha sedimentar detritica consolidada.
Caracterização dos minerais
A caracterização de um mineral faz-se pela composição química e a estrutura cristalina (forma regular como os átomos constituintes se distribuem no espaço, definindo um modelo tridimensional regular).
Dá-se o nome de polimorfos aos minerais que são quimicamente iguais mas têm estruturas cristalinas diferentes, uma vez que foram formados em ambientes diferentes.
Dá-se o nome de polimorfos aos minerais que são quimicamente iguais mas têm estruturas cristalinas diferentes, uma vez que foram formados em ambientes diferentes.
- Clivagem:propriedade que certos minerais têm de se partir sempre nas mesmas direções, em planos perfeitos. Isto deve-se à fraqueza de determinadas ligações químicas na rede cristalina.
- Dureza: é a resistência que um material tem a ser riscado por outros ou por objetos duros. Mede-se recorrendo à escala de Mohs, que foi estabelecida em 1822 por Mohs. Esta propriedade resulta da força das ligações químicas da rede cristalina.
- Densidade: propriedade relacionada com a composição química e estrutura cristalina, sendo mais densos os minerais com estruturas mais compactas. A densidade relaciona a massa do mineral com o volume que ele ocupa.
- Cor:os minerais podem ser idiocromáticos (apresentam sempre a mesma cor) ou alocromáticos (apresentam cores variadas, devido à presença de impurezas ou pequenos defeitos na estrutura cristalina).
Idiocromáticos |
- Brilho: os principais tipos de brilho que os minerais podem ter são metálico e não-metálico.
- Risca:é uma propriedade que permite ver a verdadeira cor do mineral, isto é, a cor que ele apresenta ao riscar a porcelana. É a cor do mineral reduzido a pó. Porém, o método de riscar a porcelana só funciona em minerais com a dureza inferior à da porcelana.
Existem ainda outras propriedades mais complexas que permitem aferir características do mineral e classificá-lo.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Unidade 2 - Processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres
2.1) Minerais e rochas.
Os minerais são constituídos por uma rede cristalina de elementos químicos organizados. Se um mineral for constituído pelo mesmo elemento químico (exemplo: diamante.) denomina-se de alótropo.
Nas rochas, os minerais ocorrem em extensões limitadas que podem ter dimensão microscópica. Estes formam-se por diversos processos, como por exemplo a consolidação magmática (que origina rochas plutónicas), as transformações controladas pelos aumentos de pressão e temperatura, e a precipitação de substâncias dissolvidas em soluções aquosas, sendo que estes últimos fenómenos se associam a rochas metamórficas. A temperaturas e pressões mais baixas formam-se as rochas sedimentares, a partir das águas superficiais. Para a formação destas rochas há sedimentógenese e diagénese. Devido à modificação química de minerais instáveis à superfície, pode haver formação de novos minerais.
Os minerais são constituídos por uma rede cristalina de elementos químicos organizados. Se um mineral for constituído pelo mesmo elemento químico (exemplo: diamante.) denomina-se de alótropo.
Nas rochas, os minerais ocorrem em extensões limitadas que podem ter dimensão microscópica. Estes formam-se por diversos processos, como por exemplo a consolidação magmática (que origina rochas plutónicas), as transformações controladas pelos aumentos de pressão e temperatura, e a precipitação de substâncias dissolvidas em soluções aquosas, sendo que estes últimos fenómenos se associam a rochas metamórficas. A temperaturas e pressões mais baixas formam-se as rochas sedimentares, a partir das águas superficiais. Para a formação destas rochas há sedimentógenese e diagénese. Devido à modificação química de minerais instáveis à superfície, pode haver formação de novos minerais.
sexta-feira, 6 de março de 2015
Reflexão: final de 2º Período
Penso que este período foi muito complicado e trabalhoso, não só em Biologia, mas também nas outras disciplinas. No entanto, gostei das matérias tanto como de Biologia e de Geologia.
Reflexão: Unidade 1
Penso que a primeira unidade de Geologia é fácil e engraçada, sendo que tem aspetos muito interessantes sobre ordenamento do território. Até agora, estou a adorar a Geologia.
Reflexão: Teste intermédio
Após realizar o teste intermédio de Biologia e Geologia de 11º ano, concluo que me encontrava demasiado ansiosa e nervosa, pelo que a nota não foi o esperado.
O teste em si era bastante acessível, tendo apenas 1 ou 2 perguntas de desenvolvimento que eram mais complicadas.
O teste em si era bastante acessível, tendo apenas 1 ou 2 perguntas de desenvolvimento que eram mais complicadas.
Unidade 1: Zonas costeiras
As zonas costeiras são talhadas pela ação do mar no litoral. A subida e descida das águas das marés são responsáveis pela ação destrutiva do litoral - abrasão marinha.
Construções humanas contra a erosão costeira:
- Regressão: períodos glaciares, o que faz com que o nível das águas do mar desça. Nas regressões depositam-se os calhaus grandes em cima, e são inversas pois têm uma sequência positiva;
- Transgressão: períodos de derretimento das grandes massas de gelo, fazendo com que o nível de água do mar suba. Nas transgressões depositam-se na base os calhaus grandes, e são normais, tendo uma sequência negativa.
Praias Portuguesas
A maioria das praias portuguesas é constituída por:
- Falésias ou arribas;
- Plataformas de abrasão marinha;
- Ocorre sedimentação das areias, junto ao mar;
Erosão costeira
O Homem tem grande responsabilidade no agravamento deste fenómeno, eis algumas causas:
- libertação de CO2 da queima dos combustíveis fósseis;
- desflorestação que reduz a quantidade de oxigénio versus CO2 na atmosfera;
- os incêndios emitem grande quantidade de gases libertados na atmosfera e provocam um aumento da temperatura do planeta (efeito de estufa), o que origina o degelo das calotes polares e a fusão do gelo tem consequências no litoral;
- a ocupação da zona litoral com construções e estruturas de lazer que interferem o equilíbrio natural da distribuição de sedimentos ao litoral;
- as barragens que aprisionam uma série de sedimentos nas suas albufeiras, sedimentos esses que deveriam ser depois encaminhados para as várias praias e que diminuíram o efeito da erosão no litoral;
- a destruição das dunas da praia quer pelo piso contínuo quer pela destruição das espécies vegetais que "consolidam" barreiras naturais que evitam a aceleração da erosão no litoral;
- a construção desenfreada junto à costa, cerca de 3/4 da população portuguesa vive junto ao litoral;
- a exploração de matérias primas para a construção;
- Esporões - servem para reter areias e evitar erosão costeira;
- Molhes - servem para proteger portos de abrigo, para manter a barra navegável;
- Enrocamentos - estruturas em pedra sobre pedra que protegem as praias longitudinalmente;
Geologia: Unidade 1: Bacias hidrográficas
Uma bacia hidrográfica é a área de território drenada por uma rede hidrográfica. Por sua vez, uma rede hidrográfica é um conjunto hierárquico de todos os cursos de água que se ligam a um rio principal.
Benefícios de viver junto a rios:
Benefícios de viver junto a rios:
- Permite muitas vias de comunicação;
- Fornecem muita água para uso doméstico, comercial e industrial;
- É fonte de alimento, quer ao nível de peixe, quer a outros níveis.
Um rio tem três leitos:
- Leito normal ou ordinário: espaço normal ocupado pelas águas do rio;
- Leito de cheia ou de inundação: leito do rio em época de cheias, o rio ocupa uma área superior ao normal;
- Leito de seca ou de estiagem: zona mais profunda do canal fluvial, ocupada por menor quantidade de água (geralmente no verão);
Os materiais no leito do rio são transportados por suspensão, rolamento, arrastamento e saltação.
O rio desempenha um triplo papel geológico:
- Meteorização e erosão;
- Transporte (os materiais são transportados de montante para jusante);
- Sedimentação dos materiais rochosos;
A água desloca os sedimentos originados pela erosão, que são transportados pela ação da gravidade e movimento das águas, das zonas mais altas para as mais baixas. A ação de transporte, a velocidade das águas, vais diminuindo à medida que se caminha para jusante, assim, os materiais mais pesados e de maiores dimensões vão ficando para montante e os de menores dimensões e mais leves para a foz.
Com a evolução do rio, este tende a ter um perfil longitudinal que tende para a regularização, diminuindo o declive e alargando as margens. Ou seja, um rio jovem é mais inclinado e tem curvas mais acentuadas que um rio velho.
As planícies de inundação, planícies que resultam da acumulação dos sedimentos trazidos pelo curso do rio, correspondem a zonas que ficam inundadas em época de cheias e época em que há grande deposição de sedimentos, chamados de aluviões. Para além de haver formação de aluviões, há também formação de mochões, que são ilhas férteis constituídas por depósitos de areia com materiais orgânicos.
O comportamento do rio depende do seu regime hidrográfico, que por sua vez depende de:
- Bacia hidrográfica;
- Tipos de rochas e relevo;
- Clima;
- Cobertura vegetal;
- Ocupação humana;
Uma cheia é o aumento do caudal dos cursos dos rios, com elevação e extravasamento do leito normal.
As cheias podem ser causadas por fatores climáticos, em épocas de chuva em que a precipitação é muito intensa. Se a bacia for pequena, pode ocorrer uma cheia rápida, que é muito perigosa pois apanha a população desprevenida. Dá-se uma cheia progressiva quando a bacia é grande e as chuvas forem prolongadas.
As cheias podem também ser causadas por elevação do nível do mar, desmoronamento das margens dos rios e bloqueio de troços do rio por materiais por ele transportados.
Para prevenir cheias, o Homem pode construir infra-estruturas como barragens, diques e canais de derivação.
As cheias podem ser causadas por fatores climáticos, em épocas de chuva em que a precipitação é muito intensa. Se a bacia for pequena, pode ocorrer uma cheia rápida, que é muito perigosa pois apanha a população desprevenida. Dá-se uma cheia progressiva quando a bacia é grande e as chuvas forem prolongadas.
As cheias podem também ser causadas por elevação do nível do mar, desmoronamento das margens dos rios e bloqueio de troços do rio por materiais por ele transportados.
Para prevenir cheias, o Homem pode construir infra-estruturas como barragens, diques e canais de derivação.
Geologia: Introdução
A interação Terra-Homem tem tido uma série de problemas devido à exploração e modificação, pela espécie humana, dos subsistemas terrestres. É importante que qualquer cidadão tenha conhecimento geológico, pois hoje em dia ele é necessário para a construção de infra-estruturas e acessibilidades necessárias à vida.
quarta-feira, 4 de março de 2015
Reflexão: final da unidade 8 e da Biologia
Após terminada a unidade 8, concluo que foi uma unidade bastante acessível e fácil de compreender. Trata assuntos interessantes, como a organização dos seres vivos e a nomenclatura dos mesmos.
Este é o final da Biologia. Sinto-me algo aliviada por estudar Geologia daqui para a frente, uma vez que a Biologia consegue ser bastante pesada e cansativa por vezes. No entanto, gostei bastante da Biologia e espero vir a aprofundar futuramente alguns dos assuntos tratados.
Este é o final da Biologia. Sinto-me algo aliviada por estudar Geologia daqui para a frente, uma vez que a Biologia consegue ser bastante pesada e cansativa por vezes. No entanto, gostei bastante da Biologia e espero vir a aprofundar futuramente alguns dos assuntos tratados.
Reinos da Vida
Desde Aristóteles e Teofrasto que havia 2 reinos:
Herbert Copeland introduziu o quarto reino, o Monera - seres procariontes e os restantes eucariontes.
Em 1969, H. Whitaker apareceu com uma nova classificação com 5 reinos, em que os fungos passam a constiuir um reino à parte. O reino Protista passou a incluir fungos, algas unicelulares e pluricelulares.
A divisão dos reinos de Whitaker é traduzida na seguinte figura:
Tipo de célula e organelos:
Classificação mais atual
Carl Woese criou 3 grupos superiores ao reino, os domínios, e 6 reinos. Este sistema foi baseado em critérios moleculares, essencialmente sequências de nucleótidos de RNA ribossómico. A divisão de Woese fez-se de acordo com a seguinte figura:
- Plantae: incluia todos os seres vivos fotossintéticos, sem locomoção e sem ingestão;
- Animalia: todos os seres vivos com locomoção e ingestão, incluindo pluri e unicelulares.
Herbert Copeland introduziu o quarto reino, o Monera - seres procariontes e os restantes eucariontes.
Em 1969, H. Whitaker apareceu com uma nova classificação com 5 reinos, em que os fungos passam a constiuir um reino à parte. O reino Protista passou a incluir fungos, algas unicelulares e pluricelulares.
A divisão dos reinos de Whitaker é traduzida na seguinte figura:
Tipo de célula e organelos:
- Unicelulares - monera e protista
- Pluricelulares - protista, fungi, plantae e animalia
- Procariontes - monera
- Eucariontes - restantes reinos
- Autotrófico: monera, plantae, protista
- Heterotróficos por ingestão: protista e animalia
- Heterotróficos por absorção: monera, protista e fungi
- Protista: produtor, macroconsumidor e microconsumidor
- Monera: produtor e microconsumidor
- Animalia: macroconsumidor
- Fungi: microconsumidor
Classificação mais atual
Carl Woese criou 3 grupos superiores ao reino, os domínios, e 6 reinos. Este sistema foi baseado em critérios moleculares, essencialmente sequências de nucleótidos de RNA ribossómico. A divisão de Woese fez-se de acordo com a seguinte figura:
Taxonomia e nomenclatura
A taxonomia é o ramo da biologia que trata da classificação dos seres vivos e da nomenclatura dos grupos formados pela classificação. O objetivos da sistemática é conhecer as relações de parentesco e a história evolutiva dos seres vivos. As categorias do sistema de Lineu eram as classes, ordens, género e espécies. Os reinos dividiam-seem táxons cada vez menores e menos abrangentes.
A unidade básica da classificação é a espécie e é um conjunto de indivíduos que partilham o mesmo fundo genético que lhes permite cruzarem-se entre si e originar descendência fértil. As espécies não se cruzam com outras espécies.
O Género é para agrupar um conjunto de espécies que partilham um conjunto muito alargado de caracteristicas morfológicas e funcionais.
Regras básicas da nomenclatura:
Há uma necessidade de criar uma nomenclatura univeral. Lineu criou uma nomenclatura polinomial, em que o nome era, ao mesmo tempo, a identificação e a descrição do ser. Lineu criou também a nomenclatura binomial, onde o primeiro nome era o nome do género e o segundo nome era o descritor específico, normalmente um adjetivo que qualifica o ser.
Exemplo:
Homo sapiens - espécie
Homo - género
sapiens - descritor específico
O primeiro nome deve ter a sua inicial maiuscula e o segundo nome deve ter a inicial minuscula.
As subespécies têm um nome composto por 3 nomes: 1) nome genérico; 2) descritor específico e 3) descritor sub-específico. Os nomes científicos devem sempre ser escritos em itálico ou, quando manuscritos, devem ser sempre sublinhados.
Quando usado em conjunção com o nome popular da espécie, o nome científico normalmene aparece imediatamente a seguir no texto, incluido entre parentesis. Na sua 1ª ocorrência no texto, o nome científico deve ser usado por extenso.
A unidade básica da classificação é a espécie e é um conjunto de indivíduos que partilham o mesmo fundo genético que lhes permite cruzarem-se entre si e originar descendência fértil. As espécies não se cruzam com outras espécies.
O Género é para agrupar um conjunto de espécies que partilham um conjunto muito alargado de caracteristicas morfológicas e funcionais.
Regras básicas da nomenclatura:
Há uma necessidade de criar uma nomenclatura univeral. Lineu criou uma nomenclatura polinomial, em que o nome era, ao mesmo tempo, a identificação e a descrição do ser. Lineu criou também a nomenclatura binomial, onde o primeiro nome era o nome do género e o segundo nome era o descritor específico, normalmente um adjetivo que qualifica o ser.
Exemplo:
Homo sapiens - espécie
Homo - género
sapiens - descritor específico
O primeiro nome deve ter a sua inicial maiuscula e o segundo nome deve ter a inicial minuscula.
As subespécies têm um nome composto por 3 nomes: 1) nome genérico; 2) descritor específico e 3) descritor sub-específico. Os nomes científicos devem sempre ser escritos em itálico ou, quando manuscritos, devem ser sempre sublinhados.
Quando usado em conjunção com o nome popular da espécie, o nome científico normalmene aparece imediatamente a seguir no texto, incluido entre parentesis. Na sua 1ª ocorrência no texto, o nome científico deve ser usado por extenso.
Unidade 8: Sistemas de classificação
Os sistemas práticos são criados para satisfazer as necessidades básicas. A taxonomia é o ramo da sistemática que se dedica ao desenvolvimento dos sistemas de classificação. Por sua vez, a sistemática é a ciência que estuda os seres vivos e as suas relações evolutivas, desenvolvendo classificações.
A primeira classificação foi feita por Aristóteles, que dividia os seres em:
Lineu dividiu a Natureza em 3 reinos: Animalia, Vegetalia e Mineralia.
Com Darwin, apareceram os sistemas de classificação evolutivos ou filogenéticos. Os seres eram resultados de evolução e apresentavam grau de parentesco mais ou menos próximos.
As classificações pós-Darwinianas passaram a refletir o grau de parentesco entre as espécies e podem representar-se por árvores filogenéticas.
Na classificação filogenética há 2 tipos de características a ter em conta:
Diversidade de critérios
A primeira classificação foi feita por Aristóteles, que dividia os seres em:
- Reino dos seres imóveis, plantas
- Reino dos seres móveis, animais
- Enaima: os de sangue vermelho (vertebrados)
- Anaima: os sem sangue vermelho (invertebrados)
Lineu dividiu a Natureza em 3 reinos: Animalia, Vegetalia e Mineralia.
Com Darwin, apareceram os sistemas de classificação evolutivos ou filogenéticos. Os seres eram resultados de evolução e apresentavam grau de parentesco mais ou menos próximos.
As classificações pós-Darwinianas passaram a refletir o grau de parentesco entre as espécies e podem representar-se por árvores filogenéticas.
Na classificação filogenética há 2 tipos de características a ter em conta:
- Características primitivas, ancestrais ou plesiomórficas;
- Características evoluídas ou derivadas;
Diversidade de critérios
- Critérios paleontológicos: os fósseis permitem conhecer o ancestral comum, permitem conhecer os grupos de seres vivos e relacioná-los com os atuais.
- Critérios morfológicos: é o estudo da forma, que pode ser muito diferente entre seres vivos da mesma espécie e ser semelhante entre seres vivos de espécies diferentes. Quando na mesma espécie há morfologia diferente diz-se que a espécie apresenta polimorfismo. Um outro aspeto a ter em conta nas classificações é a simetria corporal. Esta pode ser bilateral, radial ou assimétrica.
- Tipo de nutrição: os seres autotróficos são os que produzem a matéria orgânica a partir de CO2 ou CO, e os seres heterotróficos são consumidores. Quanto à fonte de energia podem ser fototróficos ou quimiotróficos.
- Nível de organização estrutural: podem ser procariontes, eucariontes, unicelulares, pluricelulares, entre outros.
- Critérios etológicos: estudo do comportamento dos animais.
- Critérios bioquímicos: referências ao DNA mitocondrial e ao RNA ribossómico.
- Critérios da cariologia: número de cromossomas de cada espécie; cada espécie tem sempre o mesmo número de cromossomas, a não ser que haja mutações. Existem também muitas espécies com o mesmo cariótipo.
- Critérios da embriologia: comparando a embriologia de diversos vertebrados observa-se uma grande semelhança no padrão de desenvolvimento inicial.
Reflexão: final da unidade 7
Considerei esta unidade uma das mais divertidas e fáceis de aprender do programa de Biologia de 11º ano. Acho interessante ver como os organismos evoluem, e como há muitos anos atrás, quando os conhecimentos da genética eram poucos, as pessoas desenvolviam teorias acerca de mecanismos evolutivos.
A próxima unidade será a última unidade de Biologia de 11º ano e será sobre sistemas de classificação.
A próxima unidade será a última unidade de Biologia de 11º ano e será sobre sistemas de classificação.
Lamarck e Darwin: comparação
Fonte: http://colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/biologiaunidade7darwin.html
Mecanismos de evolução: Neodarwinismo
Os novos conhecimentos de genética,
vieram juntar-se ao Darwinismo e formaram uma nova corrente de pensamento
científico, mais abrangente e que explica as leis que regem o processo evolutivo
de Darwin, dando resposta a alguns processos, como a transmissão dos caracteres,
que Darwin não conseguiu dar resposta . Esta nova teoria designa-se por
neodarwinismo.
O Neodarwinismo diz que é a seleção natural o agente principal da evolução que atua sobre as populações. E esta variabilidade deve-se às mutações e à recombinação génica.
As mutações são uma fonte de variabilidade genética, pois introduzem novos genes, que podem ser favoráveis ou não, no genoma da espécie.
Criticas ao Neodarwinismo:
A grande crítica a esta corrente prende-se pelo facto de existirem lacunas no registo fóssil que divergem da ideia de Darwin que a evolução se dá de forma lenta e gradual. O registo fóssil sugere que há momentos na história de Tera que ocorreu grande diversificação de seres vivos intercalados por momentos mais calmos. Os registos sugerem que a grande diversificação ocorre de seguida a uma extinção em massa.
O Neodarwinismo diz que é a seleção natural o agente principal da evolução que atua sobre as populações. E esta variabilidade deve-se às mutações e à recombinação génica.
- Seleção natural: tem como princípio que os descendentes de uma espécie que sobrevivem são mais aptos, são os que herdaram a combinação genética mais favorável à sobrevivência, para um determinado ambiente.
As mutações são uma fonte de variabilidade genética, pois introduzem novos genes, que podem ser favoráveis ou não, no genoma da espécie.
Criticas ao Neodarwinismo:
A grande crítica a esta corrente prende-se pelo facto de existirem lacunas no registo fóssil que divergem da ideia de Darwin que a evolução se dá de forma lenta e gradual. O registo fóssil sugere que há momentos na história de Tera que ocorreu grande diversificação de seres vivos intercalados por momentos mais calmos. Os registos sugerem que a grande diversificação ocorre de seguida a uma extinção em massa.
Mecanismos de evolução: Darwin
Segundo Darwin:
Darwin era criador de pombos e através desta sua experiência percebeu que se consegue imensa diversidade na seleção artificial. Fazendo cruzamentos seletivos de forma a obter indivíduos com determinadas características, seria também possível, na natureza ocorrer esta seleção, designada por seleção natural. Este é o verdadeiro conceito que caracteriza a teoria da evolução de Darwin, o conceito de seleção natural.
Críticas à teoria de Darwin:
- Os seres vivos da mesma espécie apresentam diferenças entre si (variabilidade de características).
- As populações crescem segundo uma progressão geométrica e os descendentes são em maior número do que os que sobrevivem.
- Estabelece-se entre indivíduos de uma mesma população uma "luta pela sobrevivência", devido a vários factores do meio, como seja a competição pelo alimento, pelo refúgio, pelo seu habitat, pela fuga aos predadores, etc. levando à eliminação de um número de indivíduos.
- Os indivíduos que sobrevivem apresentam mais características favoráveis que lhes confere vantagens relativamente aos outros, que vão sendo eliminados. Ao longo das gerações sobrevivem os mais aptos.
- Os mais aptos vivem mais tempo e reproduzem-se mais, transmitindo as suas características aos seus descendentes, havendo uma reprodução diferencial.
- A reprodução diferencial permite ao longo do tempo a transformação e o aparecimento de novas espécies.
Darwin era criador de pombos e através desta sua experiência percebeu que se consegue imensa diversidade na seleção artificial. Fazendo cruzamentos seletivos de forma a obter indivíduos com determinadas características, seria também possível, na natureza ocorrer esta seleção, designada por seleção natural. Este é o verdadeiro conceito que caracteriza a teoria da evolução de Darwin, o conceito de seleção natural.
Críticas à teoria de Darwin:
Embora Darwin afirmasse que
havia heterogeneidade entre populações, não as conseguia explicar, nem a forma
como havia transmissão das características às gerações seguintes. Ainda não
havia um conhecimento da hereditariedade. Uma outra crítica está relacionada com a paleontologia. Darwin considera a existência
de uma evolução lenta e gradual, o que contraria o registo fóssil que evidencia
alguns momentos de evolução rápida e a falta de fósseis de transição.
Mecanismos de evolução: Lamarck
A primeira teoria explicativa sobre os mecanismos de evolução apareceu em 1809, enunciada por Jean Baptiste Monet (Lamarck). Os principais naturalistas de então não reconheciam evidências de evolução biológica, em particular Georges Cuvier, que criticou duramente Lamarck, argumentando que o registo fóssil não revelava séries graduais intermediárias de ancestrais e descendentes, e que os organismos são tão harmoniosamente construídos e perfeitamente adaptados que qualquer mudança destruiria a integridade de sua organização (como enuncia o Fixismo).
Segundo Lamarck:
Críticas ao Lamarckismo:
As ideias de Lamarck foram muito contestadas e as principais críticas foram que a lei de uso e desuso, embora válida para alguns órgãos, ( os músculos quando não são usados atrofiam) não explicava todas as modificações. O facto de Lamarck considerar que a matéria viva tinha uma predisposição natural para se tornar "melhor", ligando as modificações aos descendentes, lei da transmissão dos caracteres adquiridos, não se confirma.
Segundo Lamarck:
- Cada ser vivo ocupava um lugar na escala natural e o Homem estava no topo;
- Os organismos complexos tiveram a sua origem em seres simples;
- Os seres vivos têm um impulso interior que quando pressionados pelo ambiente lhes permite adaptarem-se ao meio e esta adaptação ditaria o uso e/ou desuso de determinados orgãos;
- Os organismos adquirem ou perdem determinadas caractetísticas em resposta às solicitações do ambiente, adaptações essas que serão transmitidas aos descendentes.
- Lei do uso e desuso: A necessidade de adaptação ao ambiente faz com que hajam órgãos mais utilizados e por isso são mais desenvolvidos, mais fortes e vigorosos, e outros que deixam de ser utilizados permanentemente, causando o seu enfraquecimento e deterioração, e diminuindo progressivamente a sua capacidade para funcionar, até que finalmente desaparecem.
- Lei da herança dos caracteres adquiridos: As modificações dos indivíduos produzidas ao longo da vida, resultantes do uso e desuso dos órgãos, são hereditárias e irão originar mudanças nos descendentes, produzindo alterações morfológicas nas populações.
Críticas ao Lamarckismo:
As ideias de Lamarck foram muito contestadas e as principais críticas foram que a lei de uso e desuso, embora válida para alguns órgãos, ( os músculos quando não são usados atrofiam) não explicava todas as modificações. O facto de Lamarck considerar que a matéria viva tinha uma predisposição natural para se tornar "melhor", ligando as modificações aos descendentes, lei da transmissão dos caracteres adquiridos, não se confirma.
Argumentos a favor do Evolucionismo
- Argumentos paleontológicos: constata-se que existam fósseis que correspondem a seres já extintos, o que contraria a imutabilidade dos seres vivos.
- Argumentos anatómicos: a anatomia comparada estuda as semelhanças e diferenças morfológicas dos seres vivos. Há orgãos análogos, homólogos e vestigiais. Orgão análogos têm a origem, estrutura e posição relativa diferentes, mas desempenham a mesma função. Sofreram evolução convergente. Os orgãos homólogos são orgãos que têm a mesma origem, estrutura e posição relativa, mas podem desempenhar funções diferentes. Sofreram evolução diveregente.
- Argumentos bioquímicos: todos os organismos são constituídos, basicamente, pelo mesmo tipo de biomoléculas. O facto do DNA e RNA serem a base da síntese proteíca, a universalidade do ATP como molécula de energia e a existência de vias metabólicas comuns aos seres vivos são grandes argumentos evolucionistas. Os estudos bioquímicos revelam que quanto maior a proximidade de grau de parentesco, menos são as diferenças numa sequência de aminoácidos numa proteína, o mesmo sucede à sequência de nucleótidos da molécula de DNA.
- Argumentos biogeográficos: defendem que as espécies tendem a ser mais semelhantes quanto maior é a sua proximidade geográfica. Quanto mais isoladas, maiores as diferenças entre si.
- Argumentos citológicos: a célula é a unidade estrutural e funcional de todos os seres vivos e com processos metabólicos semelhantes entre si, o que indica uma origem comum. Parte-se da teoria celular que diz que todos os seres vivos são formados por células.
- Argumentos embriológicos: o estudo comparado de embriões revela semelhanças nas primeiras etapas do seu desenvolvimento e estruturas comuns em embriões de diferentes grupos.
Mecanismos de evolução
Fixismo: teoria proposta por Platão que diz que os seres vivos atuais mantiveram as mesmas características desde que apareceram, ou seja, são imutáveis. Teorias fixistas: Criacionismo, Geração Espontânea e Catatrofismo.
Evolucionismo: teoria que sugere que os seres vivos modificaram-se ao longo do tempo, admitindo-se que eles se alteram de forma lenta e gradual. Teorias evolucionistas: Lamarckismo, Darwinismo e Neodarwinismo. Esta teoria apoia-se em argumentos anatómicos, citológicos, paleontológicos e bioquímicos.
Aristóteles, discípulo de Platão, acreditava que os seres vivos podiam organizar-se numa escala hierárquica do ser mais simples para o mais complexo, em que o Homem estava no topo da hierarquia. Era uma escala em que cada ser ocupava um lugar fixo. Acreditava ainda que os seres vivos eram criados a partir de matéria inanimada.
Criacionismo: os seres vivos foram criados por ação divina, já descrito no livro de Génesis da Biblia. Como obra divina os seres são perfeitos e estáveis ao longo do tempo. As imperfeições são explicadas pela imperfeição e corrupção do mundo.
Catatrofismo: Geoge Cuvier enunciou que determinados fenómenos catastróficos, como os diluvios e glaciações, teriam provocado a morte dos seres vivos dos locais afetados e teria de haver um novo povoamento de seres vivos de locais próximos de zonas afetadas.
Evolucionismo: teoria que sugere que os seres vivos modificaram-se ao longo do tempo, admitindo-se que eles se alteram de forma lenta e gradual. Teorias evolucionistas: Lamarckismo, Darwinismo e Neodarwinismo. Esta teoria apoia-se em argumentos anatómicos, citológicos, paleontológicos e bioquímicos.
Aristóteles, discípulo de Platão, acreditava que os seres vivos podiam organizar-se numa escala hierárquica do ser mais simples para o mais complexo, em que o Homem estava no topo da hierarquia. Era uma escala em que cada ser ocupava um lugar fixo. Acreditava ainda que os seres vivos eram criados a partir de matéria inanimada.
Criacionismo: os seres vivos foram criados por ação divina, já descrito no livro de Génesis da Biblia. Como obra divina os seres são perfeitos e estáveis ao longo do tempo. As imperfeições são explicadas pela imperfeição e corrupção do mundo.
Catatrofismo: Geoge Cuvier enunciou que determinados fenómenos catastróficos, como os diluvios e glaciações, teriam provocado a morte dos seres vivos dos locais afetados e teria de haver um novo povoamento de seres vivos de locais próximos de zonas afetadas.
Unidade 7 - Unicelularidade e pluricelularidade
Esta secção da unidade 7 baseia-se essencialmente na investigação para saber como apareceram os primeiros seres eucariontes. Existem várias teorias para explicar o aparecimento dos seres eucariontes a partir dos seres procariontes.
A partir do momento em que apareceram os seres vivos pluricelulares, começaram a haver mecanismos de regulação que conduziram à diferenciação celular, a qual permitiu um grande impulso na evolução das espécies (os seres vivos de maiores dimensões passaram a poder sobreviver sem comprometer as trocas com o meio externo).
- Modelo Autogenético: Este modelo defende que as células eucarióticas apareceram a partir de células procariontes, que desenvolveram organelos endomembranares a partir de invaginações existentes na membrana plasmática que terão sofrido especializações nas suas funções. A semelhança estrutural entre membranas celulares internas e externa é um dos argumentos a favor deste modelo. Quanto a argumentos contra, não esclarece a especialização das membranas invaginadas, nomeadamente as mitocôndrias e cloroplastos, uma vez que estes não têm DNA semelhante ao do núcleo.
- Modelo endossimbiótico: modelo proposto por Lynn Margulis, que diz que a célula terá resultado de uma associação entre organismos diferentes em que um deles vive no hospedeiro, e em que os dois organismos beneficiam da associação. Esta associação terá sido tão eficiente que passaram a constituir organismos estáveis. Os seres hospedeiros passaram a ser organelos, tendo o cloroplasto vindo da incorporação de um ser procarionte fotossintético, e as mitocôndrias de procariontes aeróbios e com grande capacidade respiratória. No entanto, este modelo não explica a existência de núcleo e de outros organelos celulares.
O modelo endossimbiótico é o mais aceite atualmente pela comunidade científica, devido a factos como os cloroplastos possuirem ribossomas com características semelhantes aos procariontes, ainda hoje se verificarem relações endossimbióticas entre seres na natureza, e o DNA, os ribossomas e as estruturas membranares das mitocôndrias e dos cloroplastos são estruturas muito semelhantes às dos seres procariontes.
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